Sempre
fui uma pessoa muito tímida e nunca gostei de
falar em público, apesar de muitas pessoas que
conheço me dizerem que sou engraçada.
Um dia uma amiga da escola me convidou para participar
de aulas de teatro para ver se conseguia me livrar daquela
timidez.
Em 1990 comecei a fazer aulas de teatro com Eduard Roessler,
do Grupo Papel Crepon. Nas primeiras aulas não
me senti à vontade com improvisações
e apresentações, mas em muito pouco tempo
fui descobrindo o quanto o teatro era importante, como
de fato foi por muito tempo em minha vida.
Eduard Roessler foi se tornando mais que um professor, foi
se tornando um amigo, um grande amigo, e as pessoas do grupo
eram minha nova família. A partir daí comecei
a fazer peças com o grupo e me dedicava dia e noite
a ser atriz.
Não lembro bem as datas de cada espetáculo porque
os fizemos por anos, ainda que, é claro, intercalando
com alguns novos. Mesmo assim, seguem abaixo aqueles dos quais
participei:
- Infantis
“Peter Pan”,
“Aladin E A Lâmpada Maravilhosa”
“Don Quixote”
“Cinderella”
“A Bela Adormecida”
“O Casamento De Dona Baratinha”
“Chapeuzinho Vermelho”
“Verde Que Te Quero Ver”
“O Fantasminha Da Ópera”
“Eternos Meninos”
“Pinóquio”
“A Flauta Mágica”
- Adultos
“Sangue Muito Sangue”
“A Ópera Do Malandro”
“Facetoface”
“Folias Crepônicas”
Com
o Grupo Papel Crepon apresentei meu trabalho em Manaus, Belém,
Teresina, e em várias cidades no interior do Rio de
Janeiro e São Paulo.
Nunca tive uma maneira especial de criar minhas personagens.
Lia e relia o texto, sentia suas características, e
a personagem eu só montava passando as marcações.
Lembro que só conseguia decorar os textos com marcações.
Só depois de muitos ensaios é que eu começava
a brincar com minhas personagens.
Em 2005 tive minha filha e me afastei um pouco do grupo, mas
ainda assim continuo trabalhando em algumas de suas peças.