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Esta obra foi selecionada pela Bolsa Funarte de Reflexão Crítica e Produção Cultural para Internet
 
 
 
 

 

 
:: Quem é quem » Atrizes » Mira Barros
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Comecei no teatro em 1984, com Carlos Adib, que estava montando "O Palhaço Sem Nome". Eu fui a uma leitura de texto em que uma das atrizes faltou. Como eu estava lá para acompanhar Fábio Klein, Adib me pediu para ler no lugar da menina, gostou da minha leitura, e me chamou para fazer a peça. Foi quase como cair de pára-quedas no teatro. Depois disso tomei gosto pela coisa, parece que preencheu minha alma.

Ainda em ’84 participei do espetáculo "Cantareira", no fim do ano, como mestre de cerimônia junto com David Varela. Depois fui trabalhar com Anibal Hertal e fiz "A Cigarra e a Formiga", "O mundo encantado de Alice" com minha tia Cristina Mira, e fiquei na ativa até

1994, quando sofri um acidente, tendo que me afastar voltando só em 1999, quando me juntei com o Grupo Papel Crepon para produzir "Pluft, o Fantasminha".
Daí em diante “me infiltrei” no Papel Crepon e começou para mim um grande aprendizado.

Fui secretária, sonoplasta, cenógrafa, contra-regra, além de participar, como atriz, de alguns espetáculos, como: "Mamãe Ganso" (montagem de encerramento da turma infantil na oficina do Grupo, em 2000), "Sangue, muito sangue" (também no encerramento do curso, mas da turma adulta, em 2000 e 2002), "A Bela Adormecida", nos anos 2000, no Teatro Abel, "Chapeuzinho Vermelho" (cujo ano não me lembro bem – 2003/2004, talvez), e, finalmente, "Araribroadway", em outro encerramento do curso da turma de adultos, além, é claro, de vários Projetos A Escola Vai ao Teatro.

O Grupo Papel Crepon, Eduardo Roessler e Lucia Cerrone foram a minha escola e os grandes incentivadores para que essa paixão que eu sinto pelo teatro estivesse sempre viva. Sinto saudades e muita falta de todos.

Hoje, sou professora de teatro em Mimoso do Sul (RJ), e tento despertar nos meus alunos daqui um pouco do gosto e desse amor pelas artes cênicas que há tanto tempo me acompanham.