ficou
muito satisfeita com
a minha atitude e me convidou para ser o novo diretor de teatro
do grupo, e nessa condição montei a minha primeira
peça: “O Pivete”, de Luís
Iglesias.
Fui convidado para dirigir o Teatro do SESC, que hoje é
na Rua Padre Anchieta, mas antes era no Edifício Ribeiro
Junqueira. Montei lá “A Raposa e as Uvas”
e coloquei Antonio Carlos De Caz para trabalhar. Em “O
Tempo e os Conways”, era ele quem fazia o cenário.
Ele era bom nisso.
Depois de montar “Paulinho e o Saci Pererê”
– do qual a Cristina Fracho participou –, e de
ter dirigido “Pluft”, resolvi, então,
montar “Morte e Vida Severina”, numa
sequência sem interrupções. Logo depois
decidi fazer o Conservatório Nacional de Teatro. Passei
em 3° lugar entre 23 vagas.
Em “Morte e Vida Severina”, reuni um
elenco com quase 40 atores, além de dois violões,
um cavaquinho e um tambor. Nesse espetáculo houve um
acidente: no Municipal, antigamente, tinha um poço,
e uma das atrizes tinha que passar por uma ponte de madeira
para chegar ao público, mas ela era míope, usava
uns óculos fundo de garrafa e tinha que descer até
a platéia no escuro. Ela me disse que tinha que entrar
de óculos, senão não enxergava. Disse
a ela para que fosse atrás de um ator, que no dia se
adiantou e ela caiu. Eu disse para continuar, para não
interromper o espetáculo. O espetáculo continuava,
e ela na coxia. Ligamos para o Hospital Antonio Pedro, que
a retirou de maca, sendo aplaudida pela platéia, que
achou que era da peça. Esse foi um fato que eu nunca
vou esquecer.
Mas, no geral, eu tive sorte com as direções.
Foi assim com “Pluft, o Fantasminha”
– que trazia no elenco Eduard Roessler, Marcello Caridade,
Alan Coutinho, Cristina Fracho, Djalma Amaral e Elyzio Falcato
–, com a própria “Morte e Vida Severina”,
e com “O Tempo e os Conways”, que também
foi sensacional!
Lembro que quando eu voltei de Duque de Caxias – onde
atuei como diretor no Serviço de Cultura da Prefeitura
–, fui produzir peças com Dudu – Eduard
Roessler –, do Grupo Papel Crepon. Juntos, fizemos belíssimos
espetáculos, como “Peter Pan”,
“Sangue, Muito Sangue”, “João
e Maria” ,“Cinderela” e muitas
outras.
O teatro é uma coisa maravilhosa!
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