É
brincadeira? É música? É teatro? É
tudo isso. Acontece no lugar onde as fronteiras, na arte,
se desmancham. As Cantadeiras do Tresfolia gostam de cantar,
dançar, tocar, recitar, contar histórias e fazer
disso tudo uma grande brincadeira. Chegar perto da arte popular,
onde a figura do brincante é personagem principal.
Onde a festa é a regente.
Sua primeira formação, com Ana Cláudia
Lorena, Margarida Ferreira e Marisa Alvarenga, teve início
nos anos 2000, quando as três se reuniam e participavam
de uma oficina de violão. Um convite da Faculdade de
Educação da UFF para brindar professores com
um momento artístico, por ocasião de um Encontro
Nacional de Alfabetizadores, deu origem ao trio As Cantadeiras.
O primeiro trabalho se chamou “Vozes, Violões
e outros sons”, traduzindo as experiências sonoras
que o grupo vinha fazendo quando na construção
dos seus arranjos: as três se revezando nas vozes e
nos instrumentos, buscando novas leituras das canções
que escolhiam para compor o repertório – tecido
com fragmentos poético-literários – no
qual importava a expressividade daqueles corpos em cena. Até
hoje esse tipo de projeto faz com que pessoas do público
se refiram ao trabalho como um “arranjo teatral”.
A partir daí, outros convites se sucedem, estimulando
o grupo a prosseguir em suas andanças e na construção
de novos roteiros.
O segundo trabalho foi “Almanaque do Amor”,
enquanto o terceiro, que é apresentado atualmente,
chama-se “Achados e Perdidos na Felicidade”. Neste,
houve uma mudança na formação do grupo
com a saída de Ana Cláudia Lorena e a chegada
de Lídia Nogueira, quando o trio passou a ter o nome
de As Cantadeiras do Tresfolia.
O nome Tresfolia foi muito bem chegado pelo sentido que As
Cantadeiras querem imprimir ao seu fazer artístico:
três fazendo folia. Tresfolia vem do verbo tresfoliar,
o qual, segundo o Aurélio, significa foliar ou pandegar
muito, divertir-se à farta. As Cantadeiras pensam que
o termo, com certeza, deve derivar do francês trois
folie.
Na sua construção musical, o trio afirma não
trabalhar com a unanimidade e sim com o possível da
multiplicidade, num movimento de acolher os afetos e as sonoridades
de cada uma. E, assim, compartilhando preocupações,
descobertas, sentimentos e sonhos, vão juntando seus
achados, construindo seu repertório, provisório
como a vida.
Querem o seu trabalho alegre, delicado e que traduza uma paixão
pelo Brasil.
ANDANÇAS
» Com o show “ACHADOS E PERDIDOS DE FELICIDADE”
– Quintal Cultural Ademar Nunes em Niterói (outubro
de 2009) , Espaço Cultura l S. Pedro da Serra em Nova
Friburgo (dezembro de 2009 e novembro de 2010), Mês
da mulher – o feminino em Mury, Nova Friburgo (março
de 2010) , Café-Teatro Papel Crepon em Niterói
(abril de 2010 e julho de 2011).
»
Com o show “ALMANAQUE DO AMOR” –
De setembro de 2006 a junho de 2007: Livraria ECOARTE, Espaço
Cultural São Pedro da Serra em Nova Friburgo, Faculdade
de Educação da UFF em Angra dos Reis, Quintal
Cultural Ademar Nunes em Niterói, Teatro Municipal
de Araruama, Centro Cultural Paschoal Carlos Magno em Niterói.
»
Com o show “VOZES, VIOLÕES E OUTROS SONS”
– De julho de 2001 a junho de 2005 : Faculdade de Educação
da UFF no Encontro Nacional de Alfabetizadores, CRIARTE em
Niterói, Espaço Cultural Niño de Artes
Luiz Mendonça na Lapa, Rio de Janeiro, Quintal Cultural
Ademar Nunes em Niterói,, Livraria ECOARTE em São
Pedro da Serra – Nova Friburgo, Museu da República
– RJ, Salão Nobre do Teatro Municipal de Niterói.
»
Outras participações em eventos coletivos :
Abertura do Festival de Poesia do Colégio Ágora
em Niterói (2002), Espaço Cultural Maria Jacinta
(2003), Encontro Internacional de Mulheres Compositoras em
Poços de Caldas (2004), Sarau “Arte na Quarta”
da OAB de Niterói( 2008 e 2010), Espaço Cultural
“Boas Conversas” em Lumiar, Nova Friburgo, Movimento
“Pelas águas” na praça de Lumiar,
Entrada da primavera na ECOARTE (2008), Festa julina de Lumiar
(2009), Festa do Folclore no ponto de cultura Mãos
de Luz em Lumiar (2010), 6ª edição da Feira
da Terra em Lumiar (2011).
A próxima parada será no Festival de Inverno
de Nova Friburgo no dia 28 de julho de 2011 às 19h
no Teatro do Country, com o show “ACHADOS E PERDIDOS
DE FELICIDADE”. Até lá.