Começamos
em 2000 a montar o que era comercial, porque a idéia
é que eles aprendessem a trabalhar, a bordar o figurino,
a pregar o cenário, a divulgar. A idéia deu
certo até 2004/2005. Aí ela vira “Cia
de Teatro Musical”, porque a gente começa a montar
A lenda de Tarzan, Hércules, Simbad, o Marujo. Teve
um ano que a gente não conseguiu montar O Corcunda
de Notre Dame, e aí montamos Peter Pan, em 2003/2004,
que era uma coisa de botar os meninos pra trabalhar. Não
era entrar em cena e ficar bonitinho, mas entender que nem
sempre você vai ter dinheiro, então vamos transformar,
reciclar, aproveitar; e a gente vem fazendo resistência
ao longo desses dez anos assim. Os figurinos de Simbad foram
os figurinos de Hércules aproveitados e transformados.
A gente consegue fazer funcionar. Vamos pro Teatro Leblon,
Barra Square, e vamos ocupando espaço com várias
peças ao mesmo tempo.
E estamos resgatando isso agora, com um núcleo pequeno.
Por exemplo: 70% do elenco de Robin Hood, agora em 2009, saem
da oficina. Tem a coisa de filipetar, de cuidar do seu figurino...
Mas tem 30% que não é, e então fica difícil.
A gente não tem um patrocínio. Então
todas as pessoas que não são da Cia vão
sair. Tem que ser feito pelas pessoas que passaram por mim,
que sabem o que é pintar um cenário, que valorizam.
Atlântida, nosso espetáculo de 2011, foi maravilhoso.
Refletiu no palco porque cada um participou como dono, como
proprietário daquela obra. São as pessoas que
falam a mesma língua que você, que sentam com
o mesmo objetivo que você, que entendem cada frase do
dia a dia igual a você. E como diretor de companhia
eu dou espaço para os meus colaboradores.
Marcelo Caridade
|
|
|
|
|
|
|
|