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Grupo Serrote saiu do Liceu, e era todo formado pelos meus alunos. Qualquer
participante do grupo Serrote tinha que ser do Liceu. Eu fazia uma vez por ano
uma checagem de quem queria fazer teatro, eles se inscreviam, eu dava um texto
pra eles decorarem, e então representavam pra mim, como se fosse uma
audição. Por isso, eu não tinha qualquer problema com os
que ficavam.
“O Generalzinho de Saia” é o primeiro
espetáculo do Grupo, e “Faca sem Ponta, Galinha sem Pé”,
da Ruth Rocha, o segundo. Fui eu quem adaptou esta peça, e nela também
dirigi e trabalhei.
Depois eu faço “Do Boi Se Aproveita Tudo”, um texto meu que eu faço no Teatro Municipal de Niterói.
Eu escrevi muita coisa para o Grupo. Até há pouco tempo, vinham
pessoas ter aulas de teatro comigo, mas eu fiquei um ano fora em Itatiaia, e
levava meus alunos para lá. E por prazer mesmo, porque lá a gente
lia peças, fazíamos tomadas do que nós íamos fazer
durante o ano, essas coisas. A gente começava lá.
Nós fizemos também “O aniversário do Manoel Bandeira” , “Fala Drummond”... Eram muitos espetáculos! Faziam
parte do grupo Serrote: Jaqueline Lobo, Edson Ubirajara, Patrícia Custódio,
Robson Paixão, Lair Ralha, Virginia Alves, Luciene Alver, Paulo Silva,
Guilherme "Zaga" Azevedo (como sonoplasta), Aline Rabello Rocha, Ernesto Grandelle, entre
outros.
O Grupo Serrote esteve em atividade até 1992, quando a Jaqueline Lobo
fez “Apareceu a Margarida”, dirigida por mim.
» Depoimento: Maria Lina Rabello – Diretora
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