A
“Trupeniquim” surgiu depois que alguns de seus
integrantes participaram do elenco da peça de Anamaria
Nunes, “Saudades do Brasil – a era do rádio”,
em 1997, e se apaixonaram pela arte dramática, além
da proximidade com o teatro através de seus pais e
familiares que com ele trabalham (embora não profissionalmente)
há mais de 20 anos.
O primeiro trabalho da trupe, “A Prova”,
foi fruto de uma discussão coletiva sobre ética
e cidadania e escrito por uma das integrantes do elenco, Gabriela
de Melo Barbosa, hoje afastada do grupo. “A Prova”
foi apresentado em universidades, escolas e calçadas
culturais, suscitando debates acalorados sobre o tema.
O trabalho da Trupeniquim é coordenado por Lilza Soares
– atriz e professora de Língua e Literatura Brasileira
– e por Marilene Calheiros – socióloga,
professora do Ensino Superior e atriz –, contando ainda
com o apoio técnico de Marisa Alvarenga – pedagoga,
musicoterapeuta e atriz. As três participam também
do grupo de contadores de histórias “As Malikhelucas”.
Nós, coordenadores do grupo, começamos a trabalhar
em teatro no final da década de 1960, quando entramos
na universidade e nos engajamos imediatamente no teatro universitário.
Na época, formamos o Grupo LABORATÓRIO, depois
GRITE – Grupo Independente de Teatro –, que se
transformou, mais tarde, em GRITE-CORPO VIVO.
Ao longo dos anos, fizemos vários cursos e oficinas
com renomados diretores do teatro brasileiro – como
Amir Haddad, Augusto Boal, Aderbal Junior, Maria Helena Kühner,
Sylvia Orthof, entre outros – para que pudéssemos
utilizar a ferramenta teatral de maneira séria e comprometida.
Atualmente, estamos envolvidas com oficinas de produção
de textos, oficinas de teatro na universidade, shows musicais
e oficinas de voz.
PRIMEIRO
PROJETO: “A PROVA” – 2001.
O
grupo estava em seu primeiro ano, formado inicialmente por
11 atores, fazendo leituras e discussões, procurando
textos para começar a ensaiar alguma montagem. Nesse
meio tempo surgiu a oportunidade de montar um esquete sobre
“ética”, que seria apresentado em algumas
escolas com as quais a Trupe tinha contato.
Uma das atrizes do grupo, Gabriela Barbosa, escreveu o texto.
A partir daí a Trupe começou o processo de montagem
com o auxílio das três diretoras do grupo: Lilza
Soares, Marilene Calheiros e Marisa Alvarenga.
Pronto, o esquete passou por escolas públicas e particulares
de Niterói, bem como por espaços culturais,
fechando esse projeto na Semana Cultural do curso de Biblioteconomia
da UFF, em 2001.
SEGUNDO
PROJETO: CLUBE LITERÁRIO – 2002
No
ano seguinte, contando com apenas 6 integrantes, o grupo começou
a fazer leituras de autores brasileiros para fomentar novamente
alguma montagem ou, pelo menos, buscar inspiração.
Luiz Fernando Veríssimo foi o primeiro escolhido. Afinal,
as crônicas dele refletem as questões latentes
de nossa sociedade com ironia e humor. Aliás, isso
é uma característica do próprio grupo:
buscamos trabalhar com autores que descrevem a realidade cotidiana
do brasileiro em meio às confusões políticas,
aos problemas econômicos e ao bom humor da nossa gente.
A princípio, a montagem seria um cabaré que
reverenciaria autores brasileiros, como num Café Literário,
mas aos poucos foi tomando outra forma, dando origem ao nome
“Veríssimas”. É um espetáculo
adaptável a diversas situações, pois
são esquetes costurados por textos do próprio
autor, que podem ser desmembrados para apresentações
isoladas.
Com esse projeto, a Trupe já se apresentou em escolas
públicas e particulares de Niterói e na Semana
de Educação e Letras da Universidade Estácio
de Sá (campus Queimados e Bento Ribeiro, em 2003).
Em 2006, o projeto foi retomado e atualizado.
Crônicas
adaptadas:
Língua
Paterna
Papos
Rubens
Infidelidade
Tesouro
Ladrão de Galinhas
Convenções
Casamento
Atualmente,
Mariana Molina, Priscila Kohwalter, Paulo César Filho,
Renata Tavares, Samon Noyama e Zezo Soares integram o grupo.
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