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Esta obra foi selecionada pela Bolsa Funarte de Reflexão Crítica e Produção Cultural para Internet
 
 
 
 

 

 
:: Quem é quem » Atores» Marcello Caridade
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Atuar, ser artista, isso estava em mim desde cedo. Minha Primeira peça é : "A Falta de..." – A Falta de Amor nos Adolescentes Gritando por Liberdade no Submundo da Vida para que suas Vidas não se Tornem Cotidianas –, que era aquela coisa de família, tragédia, adolescente. Enfim uma coisa que não tinha nada a ver com o que eu sou, mas é dali que começa a história toda e não pára.

Em 1982 eu escrevo "Sossega Leão", um texto

meu para o teatro infantil com direção do Fábio Klein. Estreamos no Teatro Gay Lussack
e por lá ficamos um mês. A temporada foi muito bem e se estende para o Teatro Leopoldo Fróes.
Nessa época eu já estava junto com o Grupo Papel Crepom, onde eu entro como bailarino no coro de "Araribroadway", no Teatro Cacilda Becker.
Naquele mesmo ano eu faço "Cinderela", no papel do Rei. Na verdade, eu fiquei várias temporadas no Papel Crepom, fazendo peças em aniversários. Isso aí, foi a nossa grande escola.

Eu tenho um fogo muito grande de querer aprender, de querer conhecer, a alçar maiores vôos. Eu vou pro Rio e começo a fazer cursos. Nessa mesma época (1986) a Ivana Pimentel me chama pra fazer uma peça infantil: Maria Minhoca.
Dois anos antes de Maria Minhoca eu dirijo e faço como ator, "Peixe que te quero Peixe" (1984) que é um texto meu. A gente estréia no Gay Lussack, e depois vai pro Leopoldo Fróes, ou Municipal, não me lembro. Era uma época de temporada curta, como é agora.
Com Maria Minhoca eu ganho o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante no Festival Fluminense de Teatro (organizado por Sohail Saud). Ricardo Sanfer, ganha o de Melhor Ator.

Em 1983 eu escrevo, com Maninha Cerrone, "Anormalistas", uma comédia adulta que também faço como ator no Papel Crepom.
Logo depois de "Anormalistas", em 1984, vem "Concerto para 8 mãos e um Dedinho": texto meu, de Maninha Cerrone e José Maria Jardim. Foi uma montagem fora do Papel Crepom com David Varella, Marco Antonio Campos e Thiago Monteiro.
Era uma época em que embora tudo fosse muito difícil, era também uma época muito produtiva, tanto que não se consegue ordenar muito bem o que é o que.
Em 1984 eu fui fazer "Numa e a Ninfa", texto e direção de Anamaria Nunes, inspirado em Lima Barreto.

A história da Numa e a Ninfa é um marco, por tudo em volta. Numa e a Ninfa era um espetáculo montado pelo grupo de teatro da UFF. Eu não era da UFF, eu era amigo da Anamaria Nunes. Era um grupo muito fechado. Pra mim foi um marco porque eu estava mostrando o meu trabalho de ator e não de humorista.
Depois de "Numa e a Ninfa", em 1986, eu volto pra fazer Teatro de Revista:" Desse jeito a Coisa Entorta". A direção era de Francisco Falcão, com Carvalhinho e Jorge Laffond. Foi a última revista do Teatro Rival. Ela era muito legal, porque depois da fase do Luiz Mendonça, depois da fase da Fátima Valença, começa uma fase de humor duvidoso. O Falcão faz essa revista, que mantém o nível.

Apesar de eu ser rotulado com ator de humor, há uma variação muito grande, lembrando assim agora, da minha carreira.
Depois da revista vem, em 1986, o "Trem Noturno", que já é um novo humor, um besteirol. A gente pega os nossos esquetes e monta pra fazer num bar, porque era moda, ainda mais no Botanic, que era mesmo a última moda, e com direção do Antonio Pedro, que era a grife da temporada.

Em 1987 faço "Picasso", com Sidney Cruz. A história de Pablo Picasso com instrumental ao vivo medieval, no teatro Ipanema. "Picasso" vem de um curso que faço no Rio em 1986: Centro de Teatro Musical Brasileiro, um curso maravilhoso que infelizmente não tem mais. A gente passava de segunda à sexta no CIEP de Ipanema, de uma da tarde às oito da noite, tendo aula de sapateado, jazz, acrobacia, interpretação e canto: tudo que preparasse o ator pra fazer musical.

Também em 1987 eu faço "O Auto da Compadecida" com a UFF. Eu não estou como protagonista, mas eu faço um padeiro que marca muito. Primeiro porque eu faço com Cristina Fracho, e a gente tem o maior “ping pong”; e depois porque era um trabalho diferente de ator, não era o caricato.

Tinha uma direção do Ronaldo Mendonça e assistência do David Varella, que era muito boa. Ele sabia conduzir todos nós. Ele que me conduziu pra dar um estilo mais bacana ao padeiro. Eu fui pesquisar naquele filme "O Baile", que não tinha texto: era uma coisa corporal. Eu fui lá ver aquilo sozinho, e aí eu trouxe pronta a personagem. Lembro que eu tinha o trabalho de usar rede no cabelo. Uma construção meio staninslaviskiana.
O Ronaldo Mendonça, quando vem, vem bem equipado. Era o teatro da UFF. O grupo era muito grande e ele pegou na época a nata da nata: Eduard Roessler, Ricardo Sanfer, Cristina Fracho, Carlos Alberto, Jorge Azevedo, Sohaid Saud, Luis Claudio, Marco Hazek, Elísio Falcato. Ele bota em cena todo mundo que está produzindo e atuando. Era um encontro bem bacana de pessoas diferentes e de vários grupos. O "Auto da Compadecida"é feito em Niterói, com todos esses atores.
Em 1989, na montagem de "Perdidos no Espaço", texto meu e de Maninha Cerrone, eu me agrego a Cininha de Paula, que é a diretora junto com Lug de Paula. Aí houve uma paixão profissional entre Cininha e eu. Começo a fazer tudo dela, e Niterói fica.
Em 1991 eu vou morar em Rio Bonito, pra dar um tempo da minha loucura daqui. Lá resolvo montar um curso de teatro. A primeira vez que eu dei aula foi em Rio Bonito.

Lá eu resolvo montar "Pippin", com um bando de gente que nunca tinha feito teatro, nunca tinha visto um musical, e sem teatro na cidade. Quando eu faço isso tudo lá, eu volto e falo assim: “agora posso fazer tudo”, porque esse Pippin é um marco no profissional.
Aquilo foi uma escola onde eu testei todas as minhas possibilidades. Tudo que eu tinha feito naquele ano e o que eu aprendi de 1980 a 1991. Aí eu venho pro Rio de Janeiro montar "Robbin Hood".
Em "Robbin Hood" a gente ganhou patrocínio da Cultura Inglesa, que patrocinava textos da literatura inglesa. Eu dirijo, e faço como ator. A partir daí me transformo num diretor registrado.

"Desse Jeito a Coisa Entorta" é estréia profissional do ator. "Robin Hood" foi minha estréia profissional como diretor. No Teresa Raquel, elenco de 18 pessoas, texto meu e de Marco Antonio Campos. Escrevemos em 1987. Montamos em 1992. A gente fica seis meses em cartaz no Terezão.
Em 1993 eu faço "A Volta do Chico Mau", e ganho o Prêmio Mambembe e o Coca-Cola de Teatro Infantil como Melhor Ator. Por causa disso conheço a Teresa Frota, que vai ao teatro Vanucci para saber quem é esse Marcelo Caridade que ganhou o prêmio de melhor ator.

Teresa Frota vai me assistir e me chama pra fazer a peça "Viravez o Cortez", em 1994. Nós fomos indicados pelo Mambembe e SATED: o trio foi indicado eu, Ricardo Santos e Nilvan Santos.
Também em 1994 eu faço "A Menina e o Vento", de Maria Clara Machado, com Cininha de Paula na direção, lá no Villa Lobos, às 17h. Às 16h eu fazia Viravez, no espaço 3 do mesmo teatro.

Em "A Lei e o Rei"(1995), sou indicado como Ator no Mambembe e no Coca-Cola como Coreógrafo. Em 1996, com "Os Impagáveis", ganho o Prêmio Mambembe de Melhor Ator.
Hoje divido minha carreira de ator, autor, diretor e professor com muito equilíbrio. A arte teatral não é comparativa. O importante é estar inteiro na sua escolha.

Espetáculos – MARCELLO CARIDADE – ATOR-AUTOR-DIRETOR

“SOSSEGA LEÃO!” - 1982 / 1983
Musical Infantil de Marcello Caridade
Direção Fábio Klein

“ARARIBROADWAY” - 1982
Revista Musical de Eduardo Roessler e América Cupello
Grupo PAPEL CREPON

“ANORMALISTAS” - 1983
Comédia de Maninha Cerrone e Marcello Caridade
Grupo PAPEL CREPON

“NUMA E A NINFA” - 1984
Adaptação do Clássico de Lima Barreto
Direção Anamaria Nunes

“PEIXE QUE TE QUERO PEIXE” - 1984
Musical Infantil de Marcello Caridade
Direção Marcello Caridade

“CONCERTO PARA OITO MÃOS E UM DEDINHO” - 1984
Esquetes de Maninha Cerrone e Marcello Caridade
Direção David Varella

“OS SALTIMBANCOS” – 1985
Musical Infantil de Chico Buarque de Hollanda
Direção Cláudio Handrey

“O TREM NOTURNO” - 1986
Esquetes de Maninha Cerrone e Marcello Caridade
Direção Antônio Pedro Borges

“MARIA MINHOCA” - 1986
Autor Maria Clara Machado
Direção Marcello Caridade
(Prêmio de MELHOR ATOR COADJUVANTE – Festival. Fluminense de Teatro/RJ)

“DESSE JEITO A COISA ENTORTA” - 1986
Revista Musical de Francisco Falcão
Direção Francisco Falcão

“PICASSO” - 1987
Musical Infantil de Lolly Nunes
Direção Sidney Cruz

“O AUTO DA COMPADECIDA” - 1987
Autor Ariano Suassuna
Direção Ronaldo Mendonça e David Varella

“ALLADIN” - 1987 / 1988
Musical Infantil do Grupo PAPEL CREPON

“MÉDICO À FORÇA” - 1988
Comédia de Molière
Direção Marcello Caridade

“PERDIDOS NUM ESPAÇO” - 1989
Esquetes de Maninha Cerrone e Marcello Caridade
Direção Lug de Paula e Cininha de Paula

“A LENDA DE ROBIN HOOD” - 1992
Infanto-Juvenil de Marcello Caridade e Marco Antônio Campos
Direção Marcello Caridade

“SEMPRE TE VI, NUNCA TE AMEI” - 1992 / 1993 (TURNÊ NACIONAL)
Autor- Marcello Caridade
Direção Jacqueline Laurence

“FORA DE CONTROLE” - 1993
Autor- Rosane Lima
Direção- Rosane Lima

“A VOLTA DE CHICO MAU” - 1993
Musical Infantil de Lupe Gigliotti
Direção Lupe Gigliotte e Cininha de Paula
(Prêmios COCA-COLA e MAMBEMBE – MELHOR ATOR)

“CAFAJESTES, UMA CONFISSÃO” - 1993 / 1994 (TURNÊ)
Comédia Musical de Flávio Marinho
Direção Cininha de Paula e Paullo Ghelli

“VIRAVEZ, O CORTÊS” - 1994 / 1995
Musical Infantil de Teresa Frotta
Direção Henri Pagnocelli
(Indicado para os prêmios MAMBEMBE e SATED/RJ – MELHOR ATOR)

“A MENINA E O VENTO” - 1994 / 1995
Musical Infantil de Maria Clara Machado
Direção Lupe Gigliotte e Cininha de Paula

“OS SETE BROTINHOS” - 1994 / 1995 (TURNÊ NACIONAL)
musical de Flávio Marinho
Direção Flávio Marinho

“A LEI E O REI” - 1995
Musical Infantil de Teresa Frota
Direção Henri Pagnoncelli
(Indicado para o prêmio MAMBEMBE – MELHOR ATOR e prêmio COCA-COLA – MELHOR COREÓGRAFO)

“SONHO DOURADO” - 1995 / 1996
Musical Juvenil de Marcelo Lino e Marcello Caridade
Direção Marcello Caridade

“OS IMPAGÁVEIS” - 1996
Musical Infantil de Teresa Frota
Direção Henri Pagnoncelli
(Prêmio MAMBEMBE – MELHOR ATOR)

“O MISTÉRIO DE SUZANA MACNIGHT” - 1996
Comédia de Maninha Cerrone e Marcello Caridade
Lúdico Produções Artísticas
Direção Marcello Caridade

“A GATA BORRALHEIRA” - 1996
Musical Infantil de Maria Clara Machado
Direção Marcello Caridade

“UMA DAMA E UM VAGABUNDO” - 1996 (SP) / 1997 (RJ)
Musical Infantil de Marcelo Saback
Direção Marcello Caridade e Anderson Muller

“O TEMPO NÃO PÁRA” - 1997
Autor Rodrigo Mollinari
Direção Marcello Caridade

“UMA PROFESSORA MUITO MALUQUINHA” - 1997 / 1998
Musical Infantil de Ziraldo
Direção Marcello Caridade
(Prêmio MAMBEMBE – MELHOR ESPETÁCULO INFANTIL)

“RETRATO FALADO” - 1998
Autor Teresa Frota
Direção Henri Pagnoncellis

“AS DESGRAÇAS DE UMA CRIANÇA” - 1998
Comédia Musical da obra de Martins Penna
Direção Wolf Maya

“PUM!!!” - 1998 / 1999
Opereta de Arthur Azevedo
Direção Ronaldo Tasso

“QUEM TEM MEDO DE ITÁLIA FAUSTA?” - 1998 / 1999 (TURNÊ NACIONAL) / 2000
Comédia de Ricardo Almeida e Miguel Magno
Direção Miguel Magno

“FESTIVAL MARTINS PENNA” - 1999
(Repertório composto por oito comédias de Martins Penna)
Direção Marcello Caridade

“TUTTI FRUTTI” – 2000
Musical Juvenil de Marcelo Lino e Marcello Caridade
Direção Marcello Caridade

“OS MONGABOYS” - 2002
Esquetes de Maninha Cerrone e Marcello Caridade
Cia. de Repertório de Teatro Musical
Direção Marcello Caridade

“PETER PAN” - 2003 / 2004
Cia. de Repertório de Teatro Musical
Direção Marcello Caridade

“SIMBAD, O MARUJO” - 2004
Cia. de Repertório de Teatro Musical
Direção Marcello Caridade

“A LENDA DE TARZAN” - 2004
Cia. de Repertório de Teatro Musical
Direção Marcello Caridade

“JOÃO E MARIA – UMA HISTÓRIA BRASILEIRA” - 2004 / 2005
Cia. de Repertório de Teatro Musical
Direção Marcello Caridade

“ORLANDO SILVA, O CANTOR DAS MULTIDÕES” - 2004 (RJ / SP) / 2005 / 2006 (TURNÊ)
Musical de Antônio de Bonnis e Fátima Valença
Direção Antônio de Bonnis

“BALAIO DE GATOS” - 2006 / 2007 / 2008 (EM TURNÊ)
Comédia de Fátima Valença e Bia Montez
Direção Marcello Caridade

“ROBIN HOOD” - 2009
Infanto-Juvenil de Marcello Caridade e Marco Antônio Campos
Cia. de Repertorio de Teatro Musical
Direção Marcello Caridade

“UMA PROFESSORA MUITO MALUQUINHA” - 2010
Musical Infantil de Elvira Helena e Vera Novello, baseado na obra de Ziraldo
Lúdico Produções Artísticas
Direção Marcello Caridade

“ATLÂNTIDA: O REINO DA CHANCHADA” – 2011
Musical de Ana Velloso e Vera Novello
OFICINA DE TEATRO MARCELLO CARIDADE &CIA. DE REPERTÓRIO DE TEATRO MUSICAL
Direção: Marcello Caridade e Priscilla Borring


 
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